Pato Branco / PR - domingo, 05 de maio de 2024

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Artigos para pacientes e médicos que se interessem pela Reumatologia

 

 

Artigo inicial 28/02/2009:

 

Clinica de Reumatologia em Pato Branco- PR inaugurada no início deste ano, responsável técnico Dr. Maicon Nunes Loureiro.

 

Inicialmente gostaria de agradecer a acolhida da população do sudoeste paranaense e deixar minha especialidade ,a Reumatologia, à disposição daqueles pacientes que eventualmente necessitem.

 

Muito importante neste primeiro momento é a divulgação do que é o reumatismo, termo muito utilizado e ouvido em rodas de conversas quando o assunto é saúde, mas que é difícil de ter uma resposta quando perguntamos o que esta palavra quer dizer. A Sociedade Brasileira de Reumatologia promove atualmente uma campanha educativa sobre a importância do diagnóstico precoce das doenças reumáticas, justamente para o conhecimento do motivo de  procurar um médico especializado e quando fazê-lo, ou seja, muitas dessas doenças podem causar incapacidades físicas se não forem descobertas e tratadas precocemente.

 

Existem mais de 100 tipos de doenças reumáticas, muitas vezes iniciando com o mesmo sintoma , por exemplo,  dor e inchaço articular. Pode afetar músculos, cartilagens, ossos,  articulações e até outros órgãos como pele , pulmão , rins.... Cada tipo de “reumatismo” tem seu tratamento e evolução distintos . Uns podem ser temporários e outros com evolução lenta e progressiva.

 

A partir de agora, iniciaremos em parceria com o Diário do Sudoeste , uma série de informes publicitários para esclarecer a população sobre os vários tipos de doenças reumáticas que existem.

 

Obrigado e até breve

    

  

  

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OSTEOARTRITE ( ARTROSE )

  

  • A artrose é o tipo de “reumatismo” mais comum. Está presente em 30 a 40% dos pacientes com queixas reumáticas num ambulatório de reumatologia.
  • A osteoartrite (artrose) , em conjunto, tem certa preferência pelas mulheres, mas há localizações que ocorrem mais no sexo feminino, por exemplo mãos e joelhos, outras no masculino, como a da articulação coxofemoral (do fêmur com a bacia). Podem afetar qualquer articulação – também nos pés e coluna vertebral ( cervical e lombar) . Sua incidência inicia-se na 4 a 5 décadas, com aumento da frequência com a idade.
  • É uma doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas, entre elas os osteófitos, conhecidos, vulgarmente, como "bicos de papagaio". Tem grande fator genéticos, hábitos de vida  - atividades profissionais, por exemplo, diferenças da anatomia, traumas, exercícios de alto impacto.
  • Sintomas principais são a dor e rigidez na junta (por pouco tempo, no máximo meia hora) e nas proximidades da articulação, com piora dos sintomas com a movimentação , por exemplo, joelhos ao subir e descer escadas. Sensação de instabilidade e peso na articulação.
  • Existem alterações em raio-x e outras formas de exames de imagem que podem diagnosticar e avaliar a gravidade do problema. Poucos exames laboratoriais são úteis, utilizados mais para afastar outros tipo de reumatismo e para monitorizar o tratamento.
  • O paciente deve saber que deve utilizar de tratamento não farmacológico, como exercícios aeróbicos e terapia física, como fisioterapia, hidroterapia, pilates, terapia ocupacional, exercícios para fortalecimento muscular, de preferência com baixo impacto. Existe o tratamento medicamentoso que tende a manter a estabilidade da cartilagem articular , uso por longo prazo. Usa-se analgésicos, anti-inflamatórios e acupuntura para o tratamento da dor. Existem pesquisas avaliando transplante de cartilagem articular - ainda a ser modernizada. A cirurgia esta indicada em formas moderadas a graves, de acordo análise individual de cada caso.
  • O tratamento ideal é o que se inicia precocemente e com educação do paciente!!!
     

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 ESCLERODERMIA

 

 

 

O que é a Esclerodermia?

A Esclerodermia é uma doença do sistema imunológico, na qual ocorre o endurecimento da pele, que se torna espessa, lisa e sem elasticidade. A causa desta doença não é conhecida

Quais são os tipos de Esclerodermia?

Existem dois tipos de Esclerodermia: a forma sistêmica (Esclerose Sistêmica) e a forma localizada. A Esclerose Sistêmica afeta a pele e os órgãos internos do organismo. Esta forma é quatro vezes mais freqüente no sexo feminino que no sexo masculino e incide principalmente na quarta década. A forma localizada afeta uma área restrita da pele, poupando os órgãos internos. A Esclerodermia Localizada é mais comum nas crianças.

Quais são as manifestações clínicas da Esclerose Sistêmica?

Usualmente, a primeira manifestação clínica na Esclerose Sistêmica é o chamado fenômeno de Raynaud, que ocorre em mais de 90% dos pacientes. Esse fenômeno constitui-se em alterações da coloração dos dedos quando expostos ao frio ou ao estresse (tornam-se pálidos ou azulados quando da exposição à temperatura fria, ou avermelhados quando aquecidos). Acomete preferencialmente as mãos e os pés, mas pode também afetar as orelhas, a língua e o nariz. Além disso, pequenos cortes nas mãos podem apresentar uma cicatrização muito lenta, e por vezes evoluem espontaneamente para ulcerações. Associadas a essas alterações cutâneas também se observa na Esclerose Sistêmica, o acometimento pulmonar, gastrointestinal e cardíaco.

 Quais são os tipos de Esclerose Sistêmica ?

A Esclerose Sistêmica é dividida em duas formas clínicas, de acordo com a extensão do acometimento da pele: limitada e difusa. A forma limitada tende a apresentar acometimento visceral mais leve que a forma difusa. A Esclerose Sistêmica Limitada freqüentemente é chamada de forma CREST. Este acrônimo significa: C de calcinose (depósitos cálcicos na pele); R de Raynaud; E de esôfago; S de esclerodactilia (em inglês, significa um afilamento que ocorre nos dedos desses pacientes); e T de telangiectasias (presença de alguns pequenos vasos visíveis sob a pele). Alguns desses pacientes com a forma limitada podem também apresentar uma condição chamada de hipertensão pulmonar. Esses pacientes podem permanecer sem sintomas ou podem apresentar falta de ar que varia de leve a bastante intensa.

Como é o tratamento da Esclerose Sistêmica?

Até o presente momento, não há cura para a Esclerose Sistêmica, mas existem tratamentos disponíveis. Para evitar o Fenômeno de Raynaud, deve-se manter as extremidades aquecidas com luvas e meias e evitar lavar as mãos com água fria. Além disso, há algumas terapêuticas sendo experimentadas e que podem representar uma esperança para o futuro, principalmente o transplante de medula óssea.

 

FONTE : SBR – http://www.reumatologia.com.br

 

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